1.13.2009

Mãe me passa a bala perdida, por favor.


Quem lê o título pensa que fiquei louco de vez, mas calma, já explico. Quantas vezes você já almoçou assistindo, ou às vezes só ouvindo, aqueles noticiários que passam por volta do meio dia na televisão? Eles são o motivo do meu título.

Normalmente, se pensa que o horário de almoço quando se reúne uma família, é o horário para botar os assuntos em dia, conversar, saber do tempo, enfim, exercitar o relacionamento familiar. Porém, os noticiários estão começando a dificultar nossas vidas de famílias que vem do comercial de margarina.

Esses noticiários, teoricamente, teriam a função de entreter e informar as pessoas durante a sua refeição: O dia que o circo chega na cidade, datas de festivais de dança pelo estado, matérias com gente interessante, problemas na sua cidade ou comunidade cobrando ação da prefeitura, vá lá...até um cara meio malandro falando da vida dos outros podia ter! E o que vemos? Reportagens de assaltos, rebeliões em presídios, estupros...eu particularmente prefiro as matérias de bala perdida, elas vem completas. Você até pode amargar o choro dos familiares da vítima enquanto come sua panqueca! Ótimo!

Sabe o que é pior? É que continuamos comendo a panqueca, felizes da vida. Não vou repetir aquela mesma ladainha de que não estamos nem aí pra violência, que já se banalizou. O noticiário não tem total culpa do que transmite. O que importa é que continuamos alimentando ele! Como assim Thiago não éramos nós que estávamos comendo na mesa? Calma, o que quero dizer, é que as notícias só estão ali porque criamos elas. Somos assassinos, somos os presos, os estupradores. Além de termos o dom de protagonizar essas reportagens, ainda há quem assista elas, e adivinha quem assiste? Os outros (aqueeeeles lá da panqueca). Vendo a minha, a sua, a nossa desgraça. Até a deles.

Então se você não pretende cometer algum crime em sua vida, tente pelo menos mudar o cardápio de entretenimento do seu almoço. Na próxima vez, quem sabe testar outro jornal (são vários no mesmo horário), uma música, um filme, um desenho animado, ou talvez, que Deus me perdoe, desligar por alguns minutos a tv.

1.07.2009

Meu filho, um ET.


Não é de hoje que normalmente quando se compra algum eletrônico novo para casa quem instala ou quem soluciona as dúvidas dos demais são os caçulas. Temos uma geração de sabidos em tantas coisas e QI de uma porta em muitas outras. Sendo essas "outras" os assuntos que os pais dominam, justo o suficiente.

Minha discussão hoje é sobre a capacidade de ensino desses filhos e aprendizado dos pais sobre essas novas tecnologias. Eu como filho de 2 pais aspirantes a nerds tenho phD nessa história.

O que mais importa para um caçula sabichão é o reconhecimento. Ele adora ver todos prestando atenção na sua explicação sobre as funções daquele nova peça alienígena em suas mãos. Que ninguém, além dele, conhece. Óbvio. O problema é quando os pais se interessam mesmo sobre o assunto e querem aprender sobre ele. Nem todos os jovens tem o dom de ensinar, nem a paciência - tem que ter bastante, acredite - mas com os pais eles fazem um esforço.

Aos pais aspirantes a caçulas sabichões: Demonstrem interesse. Não peçam para os seus filhos fazerem o serviço nerd para vocês, tentem entender o que acontece, pergunte para ele e façam acontecer. É isso que motiva o seu filho a te ensinar. Para um filho, poder ver o seu pai se introduzir naquele mundo que só eles, os pequenos ETs, conhecem, é quase tão gratificante quanto um novo scrap no Orkut.

Obviamente, como em tudo, sempre há suas exceções. Existem aqueles filhos com as respostas monossilábicas quando os pais pedem ajuda em frente ao computador. Mas acredite, ele pode e quer te ensinar. Ele sabe exatamente a solução sobre o que você está falando. Talvez só se deva mudar o modo de aproximação no caso. Se você tem um filho homem e não consegue fazer com que ele te ensine nada, está na hora de surgir em você algumas dúvidas sobre o site da Playboy.